
Sobre
O SITE
Esse site é um projeto de finalização do curso de Publicidade e Propaganda, que é um guia digital para divulgação de espaços de dança de salão em Brasília, de modo a facilitar o acesso de interessados a essa prática a locais mais convenientes a eles e ao mesmo tempo ser publicidade para os estabelecimentos. Para chegar a esse tema, passei por diversos outros temas e projetos, sempre tentando de alguma forma fazer uma ligação entre a Publicidade e a Dança. Minha idéia inicial era de fazer um evento, um workshop de dança de salão, mas por receio de não dar conta financeiramente de tal evento, me limitei em fazer um guia digital.
A DANÇA
A dança é uma das manifestações artísticas mais antigas da humanidade. Teve origem nos gestos e movimentos naturais do corpo humano para expressar emoções e sentimentos, a partir da necessidade de comunicação entre os homens.
Inicialmente, a dança integrava rituais dedicados aos deuses, objetivando pedir auxílio para a realização de boas caçadas e pescarias, para que as colheitas fossem abundantes, para que fizesse sol ou chovesse. A dança fazia parte, também, de manifestações de júbilo e congraçamento pela vitória sobre inimigos e por outros eventos felizes.
Com o passar do tempo, cada povo desenvolveu suas próprias formas e estilos de dançar, caracterizando suas diferentes culturas, da mesma forma que a música, o vestuário, a alimentação, etc, marcam o jeito de ser próprio de cada sociedade.
Dependendo de seus objetivos, surgiram diversos tipos de dança: a guerreira, a teatral, a ritual ou religiosa, a popular ou folclórica (geralmente dançada em festas populares, em grupos e ao ar livre), o balé clássico e a dança moderna (artísticos e mais voltados para espetáculos), a dança social ou de salão, a dança esportiva, o balé no gelo ou patinação artística e outros tipos. A dança esportiva e a patinação artística são modalidades de caráter competitivo e estão em processo de inclusão entre os esportes olímpicos.
A dança social ou dança de salão é praticada por casais, em reuniões sociais e surgiu na Europa, na época do Renascimento. Pelo menos desde os séculos XV e XVI, tornou-se uma forma de lazer muito apreciada, tanto nos salões dos palácios da nobreza, como entre o povo em geral. É chamada de social por ser praticada por pessoas comuns, em festas de confraternização, propiciando o estreitamento de relações sociais de amizade, de romance, de parentesco e outras. De salão, porque requer salas amplas para os dançarinos fazerem livremente suas evoluções e porque foi através da sua prática nos salões das cortes reais européias que este tipo de dança foi valorizado e levado para as colônias da América, Ásia e África, sendo divulgado pelo mundo todo e transformando-se num divertimento muito popular entre diversos povos.
A dança de salão chegou ao Brasil trazida pelos colonizadores portugueses, ainda no século XVI, e mais tarde, pelos imigrantes de outros países da Europa que para cá vieram. Num país como o Brasil, com tão fortes e diferentes influências culturais, não tardaram a se mesclar contribuições dos povos indígenas e africanos, num processo de inovação e modificação de algumas das danças européias importadas, bem como de surgimento de novas danças, bem brasileiras.
O Rio de Janeiro, na medida em que foi capital do Brasil desde o período colonial até 1960, sempre foi o pólo irradiador de cultura, modismos e inovações em geral para o resto do país.
Em 1808, a corte portuguesa transferiu-se para cá e trouxe consigo muitos dos gostos e hábitos sociais europeus daquela época, inclusive as danças que estavam na moda e o costume dos bailes freqüentes. Durante todo o século passado, qualquer evento era motivo para um baile: aniversários, noivados, casamentos, formaturas, datas cívicas, visitas de parentes e amigos, etc.. Professores de dança europeus, especialmente os franceses, eram contratados para manter os membros da nobreza brasileira em dia com as danças que estavam na moda nas mais importantes capitais européias.
Após a proclamação da república, o gosto pelos bailes continuou forte, entre os cariocas, tornando-se cada vez mais populares e freqüentes, a ponto do consagrado poeta Olavo Bilac comentar, num artigo de 1906, para a revista Kosmos: "...no Rio de Janeiro, a dança é mais do que um costume e um divertimento; é uma paixão, uma mania, uma febre. Nós somos um povo que vive dançando".
Na passagem do século XIX para o XX, as danças da moda eram a valsa, a polca, a contradança, a mazurca, o xote e a quadrilha. Sim, a quadrilha que, naquela época, era uma dança refinada, apropriada aos salões aristocráticos. O próprio Imperador D. Pedro II foi um grande apreciador das quadrilhas, dançando todas que eram tocadas nos bailes a que comparecia. Só mais tarde, muito modificada, esta dança virou a quadrilha caipira das festas juninas, como a conhecemos hoje.
Até a década de 1960, os bailes eram um dos eventos sociais mais importantes e populares para os cariocas de todas as idades e camadas sociais. Nos bailes, as pessoas se divertiam, faziam negócios e novos amigos, muitos namoros começavam, enquanto outros casais faziam as pazes, depois de brigas e desentendimentos. Muitas vezes, até problemas de ordem política e econômica, que afetavam o país, eram discutidos em bailes diplomáticos e outros, aos quais compareciam dirigentes da nação.
O aparecimento e o período áureo das discotecas - em que os casais passaram a dançar sem se tocar, de uma forma mais livre e solta e até sem necessidade de parceiro(a) - levaram a dança de salão a cair num semi-esquecimento, pelo menos nas grandes cidades, por um período de vinte anos, mais ou menos. Foi a vez das luzes e ritmos das discotecas assumirem um papel de destaque na vida social, substituindo os bailes tradicionais, onde os casais dançavam juntinhos.
A dança de salão não desapareceu, mas passou a ser vista como uma manifestação fora de moda, praticada por pessoas mais velhas e conservadoras ou por membros de camadas sociais menos favorecidas, no interior do país e nas periferias das grandes metrópoles. Desde meados dos anos '80, porém, a dança de pares enlaçados vem retornando com toda a força, retomando o lugar de destaque que sempre ocupou na vida social urbana. Multiplicam-se seus adeptos e os lugares para dançar a dois, num movimento forte e abrangente, que parece ter vindo para ficar.
Os professores de dança de hoje se organizam em academias e escolas, onde também são realizados bailes para seus alunos poderem praticar. Essas academias estão formando um número cada vez maior de dançarinos. Há concursos e espetáculos, que incentivam os dançarinos a se aprimorarem e que estimulam a profissionalização de muitos deles. Desta maneira, estão surgindo cada vez mais profissionais da dança de salão, vários deles formando companhias de dança para mostrar sua beleza e divulgá-la através de espetáculos cada vez mais sofisticados tecnicamente. (Jussara Vieira Gomes, http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/EmFoco/Danca/danca_salao.pdf)
A CRIADORA
Por volta de junho de 2009 comecei a frequentar casas noturnas que tocavam forró aqui em Brasília, fiquei encantada com as pessoas dançando e virei frequentadora assídua. Em novembro de 2009 conheci um rapaz que é professor de dança de salão e através dele fui conhecendo melhor o mundo da dança, que eu não fazia ideia que existia em Brasília, e com ele fui aprendendo outros ritmos que eu não sabia dançar, como o bolero e a gafieira. Fiz minha primeira apresentação de dança com ele e o grupo dele e fui conhecendo outras casas de dança.
Nesse meio do forró, conheci outro rapaz, ele também é professor de dança de salão em academias, da aulas particulares e é personal dancer. Com o mesmo pude conhecer mais sobre como é a vida dos personais, lugares em que dançam, o público contratante, como é feita essa contratação, como é cobrado esse serviço, formamos uma parceria e com isso fui me aprofundando em outros ritmos e estilos. Um ano depois montamos um grupo de entretenimento, fazíamos apresentações em dupla, em grupo, animações em eventos que foi uma experiência incrível de trabalho em grupo onde obtive muitos aprendizados.
Com o fim dessa parceria me aproximei de outros profissionais da dança, inclusive de fora de Brasília, sempre com o intuito de obter mais conhecimento e fazer novas amizades, puder ter o prazer de ser dançarina de palco de um cantor de sertanejo do cenário de Brasília também.
Em 2015 muitas coisas aconteceram. Iniciei uma nova parceria com outro professor de dança de salão por conta de um convite para dar aulas em um congresso de danças brasileiras em Boston que aconteceria em novembro, chegamos a fazer uma apresentação juntos em setembro que serviria também como um teste para nós, mas infelizmente em novembro, eu já aguardava meu parceiro em New Jersey quando recebi a notícia que ele havia sido deportado, muito triste voltei para o Brasil para dar continuidade a outro projeto que acabava de começar naquele semestre, minha segunda graduação em Licenciatura em Dança onde cada dia me redescubro mais, conheço novas pessoas, adquiro mais conhecimento, mais vivências incríveis e me apaixono cada dia mais pela minha arte, a dança.
Hoje estou me formando em Publicidade e Propaganda, estou cursando Licenciatura em Dança, sou monitora de um professor de zouk, estudo para concurso e sou uma pessoa cada dia mais feliz e grata a Deus e minha família por tudo, por minha vida, por todas as pessoas que passaram por minha vida e por todas as oportunidades a mim dadas. Tudo pelo qual passei de bom e de ruim até, me tornou a pessoa que sou hoje e tenho muito orgulho de quem sou.
E com esse guia pretendo além fortalecer ainda mais meus laços com a dança, relembrar conhecimentos nas áreas de planejamento, criação, desenvolvimento, produção e fotografia, que durante todo o curso, foram os temas que mais me cativaram. Sendo assim, terei mais prazer em realizar este trabalho e ainda terei que trabalhar mais minha leitura e escrita, o que é sempre bom para qualquer pessoa.
Aline Silva





